segunda-feira, maio 08, 2006

Cartas

Recordações. Tudo começou naquelas fantásticas tardes de verão. Um pouco mais novos do que somos hoje. Apanhavamos sol. Jogavamos às cartas. Os romances nasciam à nossa volta. "Não há coincidências". Sim. Aquele livro amarelo. Grandes risadas naquele verão. Muitas longas e boas conversas. Uns cafezinhos.
Et voilá! Nasce uma amizade. Como diria o outro: Inacreditável!!
Conhecer-te foi dos melhores momentos da minha vida. Criamos um laço de amizade tão consistente que já sobreviveu às mais variadas crises. E tu estás sempre comigo. Estamos sempre juntos. E estamos longe. Cartas. Não há nada tão belo como trocar correspondência. Suspirar perante aquela caixa. Sim. Estão numa caixa. Muito bem tratadas. Conservadas. São o meu tesouro. A minha reliquia. Se as leio? Não muito. Tenho medo de as gastar. De esgotar as palavras que lá existem.
Mas uma amizade não se dissipa.
Logo à noite, encontramo-nos no muro?

domingo, maio 07, 2006

Probalilidades

A multidão anciava por um desfecho melhor. A esperança é a última a morrer. Não é o que dizem? Devem dizer. Vi muita dessa. Nos olhos deles. Pena ela não ter aparecido. Terá sentido vergonha? Será que fugiu assustada?
Ela volta... Volta sempre...
E eles vão estar aqui para a receber como se nunca a tivessem perdido.
Lágrimas. Mas a voz continua a dizer: Ela volta!
Vão sofrer. Estão a sofrer. Mas passa. Não é o que dizem? Devem dizer.
Acabou. Enfim.
Diz o povo: Para o ano há mais!! Mas neste caso. Ainda este ano vai haver mais.
Nós vamos estar aqui. Sempre estivemos. Vamos continuar a estar.