ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez e a desilusão de um quase. é o quase que me incomoda. que me entristece. que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. quem quase ganhou ainda joga. quem quase passou ainda estuda. quem quase morreu está vivo. quem quase amou não amou. basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos. nas chances que se perdem por medo. nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. pergunto-me às vezes o que nos leva a escolher uma vida morna. ou melhor não me pergunto. contesto. a resposta eu sei de cor. está estampada na distância e frieza dos sorrisos. na frouxidão dos abraços. na indiferença dos "bom dia" quase que sussurrados. sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. a paixão queima. o amor enlouquece. o desejo trai. talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. sentir o nada. mas não são. se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. o nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém preferir a derrota prévia e duvida da vitória e desperdiçar a oportunidade de merecer. para os erros há perdão. para os fracassos, chance. para os amores impossíveis, tempo. de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. não deixo que a saudade sufoque. que a rotina acomode. que o medo impeça de tentar. desconfio do destino e acredito em mim. gasto mais horas realizando que sonhando. fazendo que planejando. vivendo que esperando. porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
5 comentários:
http://www.youtube.com/watch?v=eFHUYh2rJY0
http://www.youtube.com/watch?v=ZC3zJp0KTRs
ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez e a desilusão de um quase.
é o quase que me incomoda. que me entristece. que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
quem quase ganhou ainda joga. quem quase passou ainda estuda. quem quase morreu está vivo. quem quase amou não amou. basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos. nas chances que se perdem por medo. nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. pergunto-me às vezes o que nos leva a escolher uma vida morna. ou melhor não me pergunto. contesto. a resposta eu sei de cor. está estampada na distância e frieza dos sorrisos. na frouxidão dos abraços. na indiferença dos "bom dia" quase que sussurrados. sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. a paixão queima. o amor enlouquece. o desejo trai. talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. sentir o nada.
mas não são.
se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. o nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém preferir a derrota prévia e duvida da vitória e desperdiçar a oportunidade de merecer. para os erros há perdão. para os fracassos, chance. para os amores impossíveis, tempo. de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
não deixo que a saudade sufoque. que a rotina acomode. que o medo impeça de tentar. desconfio do destino e acredito em mim. gasto mais horas realizando que sonhando. fazendo que planejando. vivendo que esperando.
porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
http://www.youtube.com/watch?v=QdR4FIvW5Ds
http://www.youtube.com/watch?v=PlLOPDApHas
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