Com esta minha nova faceta de estar constantemente enclausurada dentro de um shopping, dou comigo mesma a tornar-me ainda mais observadora. Entre horas, horas extra e mais uma sexta-feira de trabalho, vou almoçar aquelas enormes praças de alimentação onde todos almoçamos, lanchamos e jantamos como uma grande e reunida familia (em que cada um paga o seu óbvio). Naquele aglomerado gigante de pessoas deparo-me com uma determinada situação. Em uma esquina existe um pequeno restaurante (uma churrasqueira) que oferece pratos do dia
Prato + Sopa + Bebida = 4.90 (nunca fui boa a matemática mas se eles dizem)
e que por sinal tem um simpático balcão virado para a parede. Mas não é uma simples parede. É uma parede que reflete a pessoa que está na suposta pausa de descanso a tirar a barriga de miséria. Um espelho. Fiquei mesmo interessada no dito espelho. Nos dias que correm e na azáfama que é o dia a dia de cada um, o que será melhor. Reparar bem em nós próprios durante a hora sagrada? Ou ficar a olhar para uma parede a agonizar o resto do dia que ainda está para vir? As perguntas ficam no ar... Quanto a mim? Não obrigado. Prefiro ter a minha refeição no centro da praça. Afinal, nunca tive uma boa relação com aqueles vidros reflectores.
sexta-feira, junho 30, 2006
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